Rapaz morre ao tentar salvar cachorro eletrocutado

Na manhã de segunda-feira (21) um adolescente de 16 anos morreu ao tentar salvar um cachorro eletrocutado em lava-jato de Planaltina, no estado de Goiás.
O animal estava amarrado ao compressor que seria usado na lavagem dos carros, e ao ser ligado emitiu uma corrente elétrica que atingiu o cachorro.
Ao perceber o acidente, o rapaz tentou socorrer o bicho, mas também foi atingido pela descarga elétrica. Outro rapaz que estava no local tentou ajudar e ao receber um choque desistiu.
Quando o socorro chegou o cachorro e o adolescente já estavam mortos.
A Polícia Civil informou que a princípio o caso pode ser enquadrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e o responsável pelo estabelecimento pode responder pelo crime caso seja identificado que houve negligência com as normas de segurança.
Como a Polícia Civil está em greve, nada será apurado no momento. O caso será retomado assim que as atividades policiais voltarem ao normal

PF investigara desaparecimento de homem após abordagem policial

Família havia solicitado apoio da Polícia Federal no dia 17 de setembro. Antônio de Araújo foi visto pela última vez em 27 de maio, em Planaltina.



A Polícia Federal vai investigar o desaparecimento do auxiliar de serviços gerais Antônio de Araújo, que foi visto pela última vez na madrugada de 27 de maio, após uma abordagem policial em Planaltina. Segundo os policiais, o homem tinha sintomas de embriaguez e foi levado à 31ª delegacia de polícia, após entrar na chácara de um policial militar.

O documento que determina a entrada da PF no caso, assinado no último dia 25 pelo chefe de gabinete do ministro Eduardo Cardozo, é uma resposta à solicitação feita pela família do homem desaparecido à ouvidoria do Ministério da Justiça, em 17 de setembro.

“Acho que agora vamos ter uma celeridade maior com entrada da Polícia Federal. A Polícia Militar, a Polícia Civil e o Ministério Público vão agilizar mais”, acredita o advogado que representa a família de Antônio de Araújo, Lairson Bueno.

Para ele, as investigações realizadas pelas instâncias distritais estão lentas. “A Civil está a passos de tartaruga. A PM pelo menos nos recebeu e ficou de tomar providência. Com a PF no caso eles vão ter de se explicar. Por mais que justifiquem que já tenham tomado providência, outra corporação incomoda. Estamos próximos de um desfecho.”

Versões

Na versão dos policiais que participaram do caso, Araújo foi encaminhado à delegacia e liberado após consulta que indicou que não havia investigação ou condenação contra ele. O auxiliar de serviços gerais não aceitou carona para voltar para casa e desapareceu após sair da delegacia, segundo os PMs.

Nenhuma ocorrência foi registrada, apesar de os policiais confirmarem que Araújo tinha um ferimento nas costas e era suspeito de entrar na chácara de um sargento da PM para furtar. Duas viaturas, cada uma com três PMs, participaram da ocorrência.

Para a família, Antônio de Araújo foi assassinado. “Meu irmão foi preso às 4h40 e teria chegado à delegacia às 5h20. Foram duas viaturas para prender meu irmão, mas apenas uma chegou à 31ª DP. Não acredito que meu irmão foi até a delegacia”, afirmou Maurício de Araújo, irmão de Antônio.

Investigações

A corregedoria da Polícia Militar analisa a conduta de dois sargentos e quatro cabos que levaram o auxiliar de serviços gerais à delegacia. O órgão instaurou inquérito que investiga suposto crime militar em 26 de agosto – mais de 90 dias após o desaparecimento de Araújo. O inquérito deve ser encaminhado à Justiça em até 60 dias após a abertura da investigação.

Na última sexta-feira (27), o irmão mais velho de Antônio de Araújo, Silvestre de Araújo, prestou depoimento à Polícia Militar pela terceira vez. Segundo o advogado da família do desaparecido, que acompanhou Silvestre de Araújo no depoimento, a PM pediu rastreamento das viaturas envolvidas no caso, quebra de sigilo telefônico dois sargentos e quatro cabos que participaram da abordagem e dos registros dos rádios usados pelos policiais.

O advogado contou que a PM não deve pedir o exame com luminol, substância que permite detectar vestígios de sangue, nas viaturas. De acordo com o advogado, essa é uma prova técnica indicada pelo Ministério Público. “O major falou que o não vê necessidade porque o luminol não indica se houve pouco ou muito sangue no local. Também disse que, se for detectado sangue, não vai ser possível indicar se é do Antônio. Ele também confirmou que as viaturas não foram afastadas do serviço e foram lavadas várias vezes”, conta Bueno.

Na Polícia Civil, a investigação está sob responsabilidade da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS). Na DRS foram ouvidos parentes do desaparecido, dois agentes da delegacia de Planaltina e cinco dos seis PMs envolvidos no caso. O sexto estava de licença. Uma das provas técnicas solicitadas pelo delegado Leandro Ritt indica que o sistema da Polícia Civil não registrou consulta à ficha criminal do auxiliar de serviços gerais Antônio de Araújo, na madrugada em que ele desapareceu, conforme versão dos policiais militares que atuaram no caso.

O delegado explica que o tipo de consulta realizada, mais simplificada, não deixa registros. Para ele, Antônio de Araújo foi levado à DP e liberado após consulta da ficha criminal, que não indicou nenhum crime ou investigação em aberto.

Ritt afirma ainda que dois agentes da 31ª delegacia que estavam de plantão na madrugada do dia 27 confirmaram em depoimento que Antônio de Araújo foi conduzido à DP e liberado em seguida. A principal hipótese para o delegado é de abandono do lar. Ele afirma que, apesar de não ter tido "comportamento de ladrão", Araújo era uma pessoa "desorientada" por causa do alcoolismo.